Segunda-feira chegou com muito trabalho por aqui.
Bem, essa semana será desafiadora, pois terei que fazer dois trabalhos profissionais bem delicados, importantes e difíceis, que irão preencher toda a minha semana de trabalho.
Diante disso, andei refletindo bastante este final de semana sobre toda a minha trajetória até aqui, sobre os desafios que já enfrentei e os muitos que estão por vir.
E os frutos dessa reflexão serão compartilhados essa semana aqui no blog para, quem sabe, contribuir um pouco com a sua jornada.
Hoje quero falar brevemente sobre minha infância e adolescência, antes mesmo de pensar em ser advogada.
Olha, minha história não se difere dos milhões de brasileiros não viu?
Tive uma infância feliz, mas bem humilde. Sou filha de mãe solteira, que durante toda a minha infância e adolescência foi empregada doméstica. Por isso, sempre escutei dela que o único jeito de ter uma vida melhor era através dos estudos.
E a teoria de minha mãe foi aplicada e comprovada por mim.
Confesso que sempre gostei de estudar. Eu era aquele tipo de criança/adolescente que ia até o último dia de aula, sentava na frente e era amiga dos professores.
Estudei em escolas públicas e sonhava com uma educação de qualidade para todos (tanto é que escrevi um poema sobre isso e enviei para um jornal, o que foi um divisor de águas para mim e minha família, mas isso eu conto outro dia).
Como já sabem, fui mãe muito jovem (aos 16 anos) e isso não me impediu de estudar, pelo contrário, me deu mais motivos para lutar.
Otavio nasceu em agosto de 2010, eu estava terminando o 2º ano do ensino médio e não parei de estudar.
Lembro que eu voltei em setembro para as aulas, Otavio tinha um mês de vida e meus seios explodiam de tanto leite. Tinha que trocar de camiseta na escola, pois sempre vazava.
Foi realmente desafiador. As turbulências foram muitas, pessoais, financeiras, familiares…
Hoje penso que foi a Graça de Deus que me manteve em pé.
Pois bem, escrevo isso para me lembrar que os desafios profissionais dessa semana nada se comparam com os desafios que passei naquela época.
Amanhã eu continuo essa história.
Avante!
©2021 por Maria Gabriella de Almeida Cortez Sociedade Individual de Advocacia.
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